O Pathwork é uma disciplina espiritual de autodesenvolvimento, autoconfrontacao e auto-revelação. Um mergulho profundo em direção ao Eu. Atravessamos muitas camadas da consciência e incluímos a consciência infantil, e as demais esferas de realidade.
O que é o caminho?
O caminho não é novo, ele tem existido de diferentes formas, há tanto tempo quanto à humanidade. As formas de nos colocarmos devem mudar à medida que a humanidade evolui. No começo desta aventura existem níveis de realidade que nós ainda não exploramos nem experimentamos e sobre o qual o máximo que podemos fazer é teorizar. Porem teoria não é experiência. Tenhamos em mente que cada personalidade humana tem uma profundidade da qual ela pode não ter consciência. No nível profundo, todos temos meios de transcendermos os estreitos limites de nossa personalidade e dessa forma termos acesso a outros reinos com conhecimentos mais amplo e profundo.
No começo do caminho a abordagem psicológica é um aspecto importante, uma maneira de ultrapassar obstruções, lidar com confusões, conceitos errôneos sobre si mesmo, com mal-entendidos, com atitudes destrutivas, com defesas que levam ao isolamento, com emoções negativas, com sentimentos bloqueados, porém o trabalho no caminho se torna mais profundo quando esta fase já está ultrapassada.
O contato com o eu espiritual precisa ser cultivado e usado, para isto acontecer depende da personalidade, da predisposição, dos preconceitos e bloqueios da pessoa que entra no caminho. O desejo por este contato é falso quando a personalidade almeja amor e satisfação, perfeição e felicidade, prazer e expansão criativa, sem pagar o preço da mais rigorosa autoconfrontação, quando não assume a responsabilidade pelo seu estado atual ou desejado. O desejo é realista quando a personalidade parte da premissa de que a chave para a satisfação deve estar dentro dela, quando se deseja descobrir quais as próprias atitudes que o impede de levar a vida de uma maneira significativa e satisfatória, quando se interpreta o desejo como uma mensagem do âmago de seu eu mais profundo, colocando-o no caminho que o ajuda a encontrar o verdadeiro eu.
Precisamos não abrir mão do desejo, da sensação de que a vida poderia ser muito mais, de que existe um estado onde você pode viver sem confusões dolorosas e torturantes, onde você pode atuar a partir do enfrentamento do seu medo, encarar a vida e seus problemas, como um desafio agradável, ao atacar os problemas você vai ter noção da sua própria força, capacidade criativa e engenhosidade. Sentirá o eu espiritual fluindo, correndo em suas veias, seus pensamentos, suas visões e percepções, de maneira que suas decisões vão ser tomadas a partir do âmago.
O caminho exige posturas que a maioria das pessoas está menos disposta a adotar: honestidade com o eu; exposição do que é agora; eliminação das máscaras e fingimentos; admitir sem disfarces a própria vulnerabilidade. É uma tarefa imensa, e ao mesmo tempo é real, é único, conduz à paz, a totalidade genuína.
Em gratidão e amor.
Claubethe Nóbrega.